A comunicação política tornou-se uma ferramenta estratégica fundamental para as autoridades públicas. Isso é inegável, mas é preocupante observar como muitas figuras públicas estão pisando em território arriscado na busca por atenção desenfreada. Acredito que a superexposição e o apelo constante a polêmicas podem ser uma estratégia de alto risco para a construção de uma imagem política sólida e duradoura.
Nos tempos de hoje, estamos observando algo preocupante no mundo da política: muitos políticos estão transformando suas plataformas em verdadeiros palcos para espetáculos chamativos. Na busca por atenção e likes nas redes sociais, eles acabam muitas vezes trocando compromisso e verdade por declarações impulsivas e ações encenadas. Isso vai contra o que qualquer comunicação eficaz deveria ser: autêntica.
Vemos esse padrão especialmente em figuras de destaque, como o recente episódio do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, que aproveitou uma questão de saúde mental delicada para chamar atenção. Esse tipo de atitude mostra claramente uma tendência alarmante, onde o conteúdo real e relevante é deixado de lado, substituído por um show que os eleitores, que não são nada bobos, percebem rápido. É um caminho arriscado e de curta duração, que pode custar caro a longo prazo. Afinal, a verdadeira confiança se conquista com mensagens que importam e têm coerência, e não apenas com jogadas para ser o centro das atenções.
A era da economia da atenção transformou campanhas políticas em reality shows, nos quais ser lembrado vem muitas vezes ao custo de ser respeitado. Não é apenas uma questão de viralizar, mas de como essa atenção reflete nas percepções públicas e, consequentemente, no poder político real. A experiência me mostra, que existe um custo inevitável para essa exposição excessiva: a erosão da credibilidade e o desafio constante de manter a relevância sem se desviar de uma visão autêntica e coerente.
É importante lembrar que a substância prevalecerá sempre sobre o espetáculo em comunicação política duradoura. Eleitores precisam de líderes claros em seus propósitos, não de performers sedentos por curtidas. A tentação de se ajustar constantemente às tendências digitais, de ceder ao impulso de escalar polêmicas ou virais, muitos políticos acabam presos em narrativas que, à primeira vista, podem parecer vantajosas, mas a longo prazo prejudicam sua reputação e eficácia.
Portanto, reforço, a autenticidade não deve ser sacrificada pela fama instantânea. A política eficaz não é sobre ganhar a batalha do momento, mas sobre vencer a guerra da opinião pública com integridade e visão firmes. A verdadeira influência vem da consistência, da substância e da capacidade de transcender as tendências passageiras em favor de um compromisso genuíno com a população.
Afinal, cada decisão de comunicação deve ser uma reflexão profunda de quem você é enquanto líder e do legado que pretende deixar. É essa clareza de propósito que distingue um político comprometido de um performer temporário.
Deixe seus comentários e compartilhe seus pensamentos sobre os limites da comunicação política. A política de verdade é mais do que um show; é o compromisso real com os cidadãos.
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