O ano que antecede às eleições é sempre movimentado e o próximo pleito em que o país vai eleger prefeitos e vereadores promete ter um cenário diferente para quem vai disputar um cargo eletivo. De 2018 para cá, as campanhas eleitorais passaram por mudanças significativas.
A primeira delas é inquestionável: o mundo digital transformou as campanhas eleitorais. Uma pesquisa do Instituto Data Senado apontou a influência das redes sociais como fonte de informação para o eleitor. Quase metade dos entrevistados, ou seja, 45% afirmaram ter decidido o voto levando em conta informações vistas em alguma rede social. E a principal fonte de informação do brasileiro hoje é o WhatsApp. Anote isso aí.
Esses dados são de 2019, e após isso, tivemos eleições em 2020 e 2022 e sabe o que aconteceu nos últimos anos? O Brasil se tornou o terceiro maior consumidor de redes sociais do mundo. Segundo a revista Forbes, os 132 milhões de usuários conectados no Brasil têm passado cada vez mais tempo na Internet, em especial nas redes sociais.
Portanto, estar presente nesses canais vai ajudar o candidato a se eleger, ou se reeleger, concorda? Depende! Tudo é possível, com a estratégia certa e bem planejada.
Antes da explosão das redes sociais, a informação tinha o seguinte caminho:
Um fato relevante acontecia – uma manifestação nas ruas, por exemplo. A Imprensa (tvs, rádios, jornais, enfim) corria para o local, fazia uma reportagem e divulgava o fato nas rádios, tvs, jornais). Esse era o caminho da informação e os cidadãos, as pessoas sabiam das coisas, normalmente pela grande mídia, ou por um vizinho, alguém que passou ali por perto na hora, viu e falou para seus conhecidos. Mas a maioria ficava sabendo pela imprensa.
E como acontece hoje? Um fato relevante ocorre. Os cidadãos que estão ali por perto com um celular na mão, começam a filmar, tirar fotos e o fato vai chegando para outras pessoas em questões de minutos. Se for um acidente, por exemplo, esse tipo de divulgação não traz números de feridos, causa do acidente, local exato, se houve mortes, enfim... A pessoa vai lá, filma e posta nas redes sociais. E essas divulgações vão se propagando e aí sim viram notícias no rádio, tv, jornais e sites.
Com quem está o poder da informação hoje?
É o próprio cidadão que divulga um determinado fato PRIMEIRO. A soma destas vozes acabou “engolindo” a força da imprensa tradicional e isso gera um fluxo caótico de informação e de opiniões, algumas até falsas não é mesmo?
E o que é mais interessante nisso tudo é que curadoria de conteúdo, ou seja, aquele filtro que antigamente se fazia para se definir o que é notícia e o que não é, caiu por terra. “A escolha do tema ‘ventiladores’ para o aniversário de um menino de dois anos” pode ser mais relevante como notícia do que o avanço das pesquisas para a cura do câncer, que inclusive saiu na mídia essa semana e perdeu em audiência para o menino que escolheu ventiladores de tema de aniversário.
O que eu quero dizer com isso? O poder de dar o tom e pautar a sociedade não mais pertence à grande imprensa. Com um celular na mão, ligado à Internet, a notícia ganha corpo com muito mais agilidade do que a própria imprensa tradicional consegue dar conta. E a escolha do que dá mais audiência ou não também cabe ao povo.
Ou seja, não é simplesmente estar nas redes sociais. É fazer um trabalho com estratégia, planejamento, pesquisa, sensibilidade, conhecimento do perfil dos eleitores, enfim. O que muda para as eleições 2024? O nosso eleitorado. Ele é o ator principal de tudo que tem acontecido nos resultados das urnas e também decide se o candidato eleito vai ter sossego ou não para trabalhar durante o mandato. Concorda?
Se você vai se candidatar, a eleição ou reeleição faça do jeito certo e use com sabedoria a influência do mundo digital nas eleições. O eleitor brasileiro está exigente, questionador, tira onda com memes questionando as atitudes dos políticos. Está de olho nas redes, nas televisões do senado, da câmara, da assembleia, da câmara de vereadores. Ou seja, o grau de exigência é grande. A parada em 2024 vai ser pesada, não perca tempo e invista no digital profissionalmente.
Espero que tenha gostado do conteúdo.
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