O cenário das eleições 2024 aponta a necessidade de os candidatos surpreenderem os eleitores.
Quem deseja receber votos nas urnas vai precisar se despir de técnicas e métodos utilizados há
anos, para se aproximar verdadeiramente dos eleitores, que hoje estão mais exigentes e têm
condições de mostrar suas opiniões, questionar e exigir dos políticos posturas mais
comprometidas com a população. Para chegar ao coração desse eleitor os pré-candidatos
precisam agora na pré-campanha aproveitar o tempo, com estratégia para se apresentar às
pessoas e antes de fazer suas propostas, e dizer que é candidato, ouvir o que elas querem e
pensam sobre a cidade. E a partir dessas respostas, se posicionar como alguém que possa ajudá-
las a melhorar o lugar onde vivem.
Quanto ao processo eleitoral, com o uso da Internet vem transformando o modo de fazer
campanhas eleitorais e como as inovações chegam a cada instante, a eleição de 2024 vai ser o
reflexo da evolução frenética desse cenário tecnológico. Vencerá aqueles que usaram o tempo
com estratégia e adotar as ferramentas digitais para cativar, conquistar o eleitor com narrativas
interessantes que toquem o coração das pessoas a votarem nesses candidatos.
Adesivos na pré-campanha
O uso dos adesivos com o nome dos candidatos é uma ferramenta que os candidatos ainda
acreditam impactar os eleitores. Porém, a exibição pura e simples do nome do postulante ao cargo
público não conecta, não conta histórias, ou seja, não tem a capacidade de construir narrativas
que despertem a atenção dos eleitores, tão pouco incentivam ao voto.
O que oferece retorno ao político, tanto em mandato, ou em disputa eleitoral é construir uma
narrativa que conquiste o eleitor. Essa narrativa precisa ter os interesses da população e mostrar
que o político conhece, domina essas demandas e conhece as soluções. E o mais importante, ao
expor nas mídias digitais assuntos e temas ligados aos interesses das pessoas, com simpatia,
emoção e leveza, o candidato conseguirá se destacar nas eleições e conquistar mais votos.
Aqueles que seguirem impondo suas ideias, sem pensar no bem-estar das pessoas, postar
conteúdos que interessam a ele, político, e não à população, está fadado ao fracasso.
Internet x campanha de rua
A Internet passou a oferecer aos candidatos a oportunidade de ter seus espaços próprios no
mundo digital. O desafio é unir as experiências off-line de uma forma estratégica ao universo on-
line. As mídias sociais, por exemplo, podem ser usadas para que o político mantenha um
relacionamento constante com os eleitores, independente do período eleitoral e romper com
aquele ciclo de falar com as pessoas, apenas para pedir votos em ano de eleição. Ao estreitar essa
convivência frequente, em períodos como a pré-campanha, por exemplo, o político consegue
estabelecer conexões mais positivas com os eleitores e ter caminhos abertos para o pedido de
voto na campanha oficial, que começa em agosto.
Agora na pré-campanha, os políticos que aproveitarem o tempo para participar e promover
eventos presenciais e divulgar essas iniciativas nos meios digitais, tem mais chances de sucesso na
campanha oficial. Também é aconselhável cadastrar e organizar contatos em listas de whatspp,
produzir o site do político, organizar as redes sociais, promover lives e visitar os bairros. A Internet
não veio para banir os meios presenciais de se pedir o voto, mas sim, para potencializar e estreitar
os relacionamentos entre políticos e população. O jogo mudou e filtrar o que há de melhor em
cada ferramenta (on-line e off-line) para montar uma estratégia de aproximação que gere
empatia, é o melhor caminho para a vitória nas urnas. Técnicas como a pesquisa porta-a-porta,
visita aos bairros, reuniões com lideranças para ouvir os moradores, podem se tornar matéria-
prima para conteúdos atrativos e cativantes nas redes sociais.
Custos de campanha
Para prefeito, uma campanha ainda que enxuta precisa ter várias componentes como espaços
físicos para comitês, setores essenciais como jurídico, contábil, marketing e administrativo. Além
disso, existem os custos operacionais com a instalação destes locais. Há despesas ainda com
materiais de campanha, santinhos, bótons, bandeiras, veículos, adesivos etc. O candidato vai
precisar remunerar todas essas equipes. E esses valores variam conforme o município em que se
encontra o candidato.
Muitos vereadores, principalmente em cidades menores, acabam fazendo suas campanhas com o
apoio de familiares e amigos. Aqueles que dispõem de mais apoio financeiro do partido, ou
possuem recursos precisa também ter um espaço físico de campanha e uma equipe mínima de
comunicação e marketing: jornalista, social media, vídeo maker e gestor de tráfego. Além dos
cabos eleitorais, para realizar uma campanha bem-sucedida.
Dicas da professora
Agentes públicos novos e veteranos precisam estudar. Estudar a história da cidade, fazer
pesquisas buscando dados em sites como IBGE, TSE, TRE, visitar os bairros e ouvir as pessoas. Ao
conversar com a população, conhecendo suas dores, dificuldades, sonhos e necessidades o
político se abre para deixar de pensar em si mesmo e trabalhar pelas pessoas. Tendo isso em
mente e levando esse posicionamento para as mídias digitais, tanto o jovem político, como o
veterano vai ter a capacidade de construir narrativas produtivas que conquistem os eleitores.
Além disso, conhecimentos sobre a lei eleitoral brasileira, ideologias partidárias, marketing e
administração também farão a diferença na hora de contar os votos no dia 06 de outubro.
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